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Design Emocional de Websites: Impacto na Usabilidade e Conversão do Usuário

Mumbai

Esta redação científica propõe uma análise aprofundada do conceito de design emocional aplicado ao desenvolvimento de websites e seu impacto multifacetado na usabilidade percebida e, consequentemente, nas taxas de conversão do usuário. Partindo da premissa de que as decisões humanas são intrinsecamente influenciadas por estados afetivos, o estudo explorará como elementos de design visual, interativo e de conteúdo podem evocar emoções específicas, afetando a cognição, a percepção de valor e a disposição para agir. Serão discutidas as teorias psicológicas subjacentes ao design emocional, como a Teoria dos Três Níveis de Processamento de Don Norman e a Teoria da Cognição Encarnada, e sua aplicação prática no contexto do design de interface. A metodologia de pesquisa focará na revisão sistemática da literatura existente, na análise de casos de sucesso e no delineamento de um possível estudo empírico para quantificar a relação entre design emocional, usabilidade subjetiva e métricas de conversão. O objetivo final é fornecer um framework teórico e prático que demonstre como o design emocional pode ser uma estratégia robusta para otimizar a experiência do usuário e impulsionar resultados de negócios em ambientes digitais.

1. Introdução: A Emoção como Catalisador da Interação Digital

No cenário digital contemporâneo, a mera funcionalidade de um website já não é suficiente para garantir o sucesso. A capacidade de uma plataforma digital em cativar e reter usuários depende cada vez mais de sua habilidade em gerar uma experiência significativa e memorável. É nesse contexto que emerge o conceito de design emocional de websites, uma abordagem que transcende a lógica e a utilidade para focar na evocação de sentimentos e estados afetivos específicos no usuário.

Historicamente, o design de interface centrava-se predominantemente na usabilidade e na funcionalidade – aspectos cruciais para a eficiência da interação. No entanto, pesquisas em psicologia cognitiva e neurociência têm demonstrado consistentemente que as emoções desempenham um papel central não apenas na memorização e na formação de atitudes, mas também na tomada de decisões e na percepção de valor (Norman, 2004; Damasio, 1994). Um website que provoca satisfação, confiança, ou até mesmo alegria, tende a ser percebido como mais fácil de usar, mais valioso e, consequentemente, mais propenso a converter visitantes em clientes, leads ou usuários engajados.

Esta redação científica se propõe a explorar a intrincada relação entre o design emocional, a usabilidade percebida e a taxa de conversão em websites. O estudo busca responder às seguintes questões: Como os princípios do design emocional podem ser aplicados de forma eficaz em websites? Quais são os mecanismos psicológicos que ligam a experiência emocional à percepção de usabilidade? E, fundamentalmente, de que maneira o design emocional influencia as métricas de conversão, como vendas, preenchimento de formulários ou tempo de permanência? Ao final, pretende-se oferecer um panorama compreensivo sobre o tema, contribuindo para o avanço das práticas de design de interface e da compreensão do comportamento do usuário no ambiente digital.


2. Fundamentação Teórica: As Raízes Psicológicas do Design Emocional

Para compreender o impacto do design emocional, é fundamental revisitar as teorias psicológicas que o sustentam.

2.1. A Teoria dos Três Níveis de Processamento de Don Norman

Don Norman (2004), em sua obra seminal "Emotional Design: Why We Love (or Hate) Everyday Things", introduziu o conceito de três níveis de processamento que influenciam nossa interação com objetos e interfaces:

  • Nível Visceral (Automático e Subconsciente): Relacionado às reações instintivas e estéticas primárias (cores, formas, texturas, tipografia). É o nível do "primeiro impacto" e da atração inicial. No design de websites, isso se manifesta na estética visual, na responsividade da interface e na velocidade de carregamento.
  • Nível Comportamental (Subconsciente e Funcional): Relacionado à usabilidade, funcionalidade e à experiência de uso. É o nível do "como as coisas funcionam" e da facilidade em atingir objetivos. Elementos como navegação intuitiva, feedback claro e eficiência da tarefa influenciam este nível. Emoções como satisfação, frustração ou eficácia são geradas aqui.
  • Nível Reflexivo (Consciente e Racional): Relacionado à interpretação, cultura, memória e autoimagem. É o nível da reflexão, da narrativa e do significado. Memórias agradáveis, associação com a marca e a percepção de status social são influenciadas por este nível. Este é o nível onde a lealdade à marca e o boca-a-boca positivo são formados.

A interconexão desses três níveis é crucial: um design visualmente atraente (visceral) pode gerar uma predisposição positiva que, ao ser validada por uma experiência de uso funcional e agradável (comportamental), culmina em uma percepção de valor e uma memória positiva (reflexivo).

2.2. Emoção e Cognição: Uma Relação Inseparável

A neurociência cognitiva, através de pesquisadores como António Damasio (1994), demonstrou que a emoção não é um impedimento à racionalidade, mas um componente essencial para a tomada de decisões. As emoções atuam como "marcadores somáticos", atalhos que orientam nossas escolhas, tornando o processo decisório mais eficiente. No contexto de websites, uma experiência emocionalmente positiva pode reduzir a "fricção cognitiva" e facilitar o caminho do usuário para a conversão.

2.3. A Teoria da Cognição Encarnada (Embodied Cognition)

Esta teoria sugere que nossos processos cognitivos (incluindo a compreensão, a memória e a tomada de decisões) são fundamentalmente moldados pelas interações do nosso corpo com o ambiente físico. Embora interfaces digitais não sejam físicas no sentido tradicional, a forma como interagimos com elas (gestos, cliques, rolagem) e a simulação de interfaces tridimensionais (como em VR/AR) podem evocar respostas corporais e emocionais que influenciam nossa cognição e percepção (Barsalou, 2008). No design de websites, isso se traduz na importância do feedback háptico, do movimento e da simulação de profundidade e materialidade.

2.4. Psicologia das Cores, Tipografia e Imagens

Estudos demonstram que elementos visuais específicos provocam respostas emocionais e cognitivas distintas. A psicologia das cores, por exemplo, associa certas paletas a emoções (azul a confiança, verde a calma, vermelho a paixão ou urgência). Da mesma forma, a escolha da tipografia pode evocar sentimentos de modernidade, tradição, seriedade ou ludicidade. A qualidade e o tipo de imagem (real, ilustrativa, abstrata) também têm um impacto direto na percepção de valor e na conexão emocional.


3. Aplicações do Design Emocional em Websites: Elementos e Estratégias

O design emocional se manifesta em diversos componentes de um website, atuando nos três níveis de processamento de Norman.

3.1. Design Visceral: O Primeiro Contato e a Estética

  • Estética Visual e Harmonização: Uso de layouts limpos, tipografia legível, paleta de cores coesa e imagens de alta qualidade que transmitam a personalidade da marca e evoquem sensações agradáveis (calma, excitação, sofisticação). A consistência visual é chave.
  • Microinterações e Animações Sutis: Pequenos movimentos e feedbacks visuais (ao passar o mouse sobre um botão, ao enviar um formulário) que adicionam um toque de personalidade, tornam a interface mais "viva" e geram uma sensação de "delight" (prazer).
  • Velocidade e Desempenho: Um website rápido e responsivo evita a frustração e gera uma sensação de eficiência e profissionalismo desde o primeiro momento. Lentidão é um assassino de emoções positivas.
  • Feedback Háptico (para dispositivos móveis): Vibrações sutis que confirmam ações, adicionando uma camada tátil à interação e reforçando a sensação de controle.

3.2. Design Comportamental: Usabilidade e Fluxo da Tarefa

  • Navegação Intuitiva e Eficiente: Facilidade em encontrar informações e realizar tarefas. Um design que minimiza a carga cognitiva e o esforço do usuário leva a sentimentos de competência e satisfação.
  • Feedback Constante e Claro: Informar o usuário sobre o status de suas ações (progresso de um formulário, sucesso de uma compra, erro de preenchimento). Isso reduz a incerteza e a ansiedade.
  • "Delight" Funcional: Ir além do esperado na funcionalidade. Ex: uma mensagem de sucesso criativa e bem-humorada após uma compra, ou uma animação divertida enquanto o conteúdo carrega.
  • Gamificação: Incorporar elementos de jogo (pontos, distintivos, níveis, progressão) para engajar o usuário, motivar a interação e gerar sentimentos de conquista e diversão.
  • Onboarding Empático: Guiar o usuário por novas funcionalidades de forma gentil e útil, evitando a sobrecarga de informações e construindo confiança.

3.3. Design Reflexivo: Significado, Memória e Conexão de Longo Prazo

  • Storytelling da Marca: Contar a história da marca, seus valores, sua missão e seu impacto de forma envolvente, criando uma conexão emocional mais profunda. Isso permite que o usuário se identifique e se sinta parte de algo maior.
  • Personalização Relevante: Apresentar conteúdo, produtos ou ofertas baseados no histórico de interação do usuário, fazendo-o sentir-se compreendido e valorizado. A personalização excessiva, no entanto, pode gerar desconforto se percebida como invasiva.
  • Comunidade e Prova Social: Facilitar a interação entre usuários (fóruns, comentários, avaliações) e exibir a prova social (número de usuários, depoimentos, prêmios) para gerar um senso de pertencimento e confiança.
  • Mensagens e Tonalidade de Voz (Tone of Voice): A linguagem utilizada no website (formal, informal, amigável, autoritária) deve ser consistente e refletir a personalidade da marca, gerando uma experiência comunicativa coerente e emocionalmente alinhada.
  • Responsabilidade Social e Sustentabilidade: Marcas que comunicam seu compromisso com causas sociais ou ambientais podem evocar emoções de admiração e respeito, fortalecendo a conexão reflexiva com o usuário.

4. Impacto do Design Emocional na Usabilidade Perceptual

Embora a usabilidade clássica seja medida por métricas como tempo de tarefa e taxa de erros, o design emocional influencia a usabilidade percebida ou subjetiva – a sensação que o usuário tem sobre quão fácil e agradável é a interação.

4.1. A Regra do "Peak-End" e a Memória da Usabilidade

A "Regra do Pico-Fim" (Kahneman et al., 1993) sugere que a memória de uma experiência é desproporcionalmente influenciada pelo momento mais intenso (pico) e pelo final da experiência. Um website que gera um pico de satisfação (um momento "uau!") ou termina com uma emoção positiva (uma mensagem de agradecimento calorosa após uma compra) pode levar o usuário a superestimar a usabilidade geral, mesmo que tenha enfrentado pequenas dificuldades. Isso significa que o design emocional pode mascarar deficiências menores de usabilidade ou amplificar a percepção de uma usabilidade excelente.

4.2. Redução da Carga Cognitiva e da Frustração

Emoções negativas como frustração, tédio ou confusão aumentam a carga cognitiva e dificultam a interação. O design emocional, ao criar um ambiente mais agradável e intuitivo, reduz essa carga, tornando a experiência mais fluida e percebida como mais fácil. Elementos como clareza visual, feedback imediato e um fluxo de navegação lógico contribuem para essa redução.

4.3. Aumento da Tolerância a Erros

Um usuário que se sente emocionalmente conectado a um website ou que tem uma experiência global positiva tende a ser mais tolerante com pequenos erros ou falhas. A emoção positiva atua como um "buffer" contra a frustração, aumentando a paciência e a persistência do usuário.

4.4. O Efeito do Humor e da Ludicidade

Websites que incorporam humor ou ludicidade (em microtextos, ilustrações, animações) podem criar um ambiente mais relaxado e engajador. Essa leveza reduz a percepção de dificuldade e aumenta a satisfação, levando a uma usabilidade percebida mais alta.

🧱 Mitos sobre Design Emocional de Websites

🎭 Você pensa que emoção no design é só usar cores bonitas e ícones fofos
Design emocional é mais profundo: cria conexão, confiança e ação no usuário.

📦 Você acredita que o conteúdo racional basta para convencer o visitante
Sem apelo emocional, até o melhor argumento perde impacto.

📉 Você acha que expressar emoções no site tira a seriedade da marca
Empatia bem aplicada torna sua marca mais humana e memorável — sem perder credibilidade.

📱 Você supõe que o design emocional só serve para B2C e e-commerces
Negócios B2B também vendem para pessoas — e pessoas se conectam com sentimentos.

🎯 Você imagina que o foco deve ser só em usabilidade, não em emoção
Usabilidade sem emoção é funcional, mas esquecível. Emoção gera engajamento.

👥 Você pensa que todo público reage igual às mesmas cores e frases
Cada audiência tem gatilhos emocionais específicos — você precisa conhecê-los.

🧠 Você acredita que emoções são subjetivas demais para influenciar conversão
Estudos mostram que decisões de compra são 90% emocionais e 10% racionais.

🔧 Você acha que basta ajustar imagens para “deixar mais emocional”
Design emocional envolve microinterações, linguagem, fluxo e até sons sutis.

💬 Você crê que design emocional é só storytelling visual
Narrativa visual é parte. Mas emoção se ativa no texto, no tempo de resposta, na fluidez.

📊 Você supõe que design emocional não traz ROI mensurável
Ele aumenta tempo de permanência, engajamento e conversão — tudo rastreável.


✅ Verdades elucidadas sobre Design Emocional de Websites

🧠 Você cria experiências memoráveis ao ativar emoções positivas no usuário
Emoção molda memória. Um site marcante gera retorno, recomendação e lealdade.

🎨 Você influencia decisões ao alinhar visual, tom e experiência sensorial
Design que gera empatia inspira confiança e encoraja a ação.

📱 Você melhora a usabilidade ao combinar clareza com empatia no design
Emoção não compete com função — elas se reforçam.

🎯 Você reduz taxa de rejeição quando o site cria conexão imediata
O primeiro impacto emocional define se o usuário vai ficar — ou sair.

💬 Você aumenta conversão com linguagem que fala ao coração, não só à razão
Textos envolventes convencem mais do que jargões técnicos.

📈 Você prolonga o tempo de navegação ao estimular curiosidade e prazer
O visitante navega mais quando sente prazer em explorar o conteúdo.

🔧 Você fideliza com microinterações que reforçam emoção e personalidade da marca
Pequenos detalhes criam grandes vínculos — e diferenciais competitivos.

📥 Você facilita decisões quando reduz a ansiedade com um design acolhedor
Tons calmos, mensagens positivas e previsibilidade reduzem fricção.

🔍 Você gera feedback positivo quando trata o usuário com empatia real
Erros amigáveis, instruções claras e reconhecimento criam conforto emocional.

📊 Você mede o impacto do design emocional em KPIs de engajamento e conversão
Ferramentas rastreiam comportamento e mostram os efeitos emocionais nas métricas.


📊 Margens de 10 projeções de soluções para Design Emocional

🤖 Você usará IA para personalizar o design com base nas emoções do usuário
O sistema reconhecerá padrões e adaptará conteúdo e tom em tempo real.

🎥 Você aplicará storytelling interativo com vídeos curtos, sensoriais e envolventes
Histórias serão construídas com participação emocional do usuário.

📱 Você projetará fluxos de onboarding com feedbacks que celebram conquistas
Cada etapa vencida será reconhecida com emoção — reforçando o engajamento.

🔊 Você incluirá sons sutis que ativam emoção sem distrair
Cliques com som, feedbacks suaves e transições sonoras trarão conexão sensorial.

🖼️ Você criará ilustrações autorais que refletem a personalidade da marca
Imagens únicas e humanas transmitem emoção mais do que fotos genéricas de banco.

📦 Você aplicará gamificação emocional com recompensas simbólicas
Badges, pontuação e frases motivadoras gerarão envolvimento emocional sem parecer forçado.

📈 Você cruzará dados de comportamento com estados emocionais para ajustes dinâmicos
Heatmaps e cliques vão revelar onde o usuário sorri — ou abandona.

🧠 Você criará personas com traços emocionais mapeados por perfil de usuário
Mais do que dados demográficos, personas trarão motivações e estados mentais.

🛠️ Você oferecerá design escuro ou claro com base no humor ou horário do usuário
Design adaptativo respeitará o estado emocional e contexto do visitante.

📨 Você enviará mensagens pós-visita que prolongam a experiência emocional
Follow-ups com empatia aumentam reengajamento e geram vínculos mais profundos.


📜 10 mandamentos do Design Emocional de Websites

🎯 Você projetará com empatia e intenção emocional clara
Não basta parecer bonito — precisa fazer o usuário se sentir bem.

📱 Você priorizará a experiência sensorial positiva em todos os dispositivos
A emoção deve funcionar no desktop, no celular e até na leitura offline.

💬 Você escreverá para humanos, não para robôs ou algoritmos
Sua linguagem deve tocar corações antes de escalar conversões.

📊 Você medirá emoções por comportamento, feedback e KPIs de envolvimento
Sentimento se rastreia com dados — se você souber onde olhar.

🎨 Você manterá consistência visual e tonal que reforce a identidade emocional
Mudanças bruscas de tom, cor ou estilo quebram o vínculo emocional.

🔧 Você criará microinterações que encantam, não irritam
Animações, sons e botões devem gerar prazer — e nunca frustração.

📈 Você acompanhará o impacto emocional nas métricas de conversão
Mais cliques, menos rejeição, mais tempo — são sinais de conexão.

🤝 Você respeitará as emoções do usuário em momentos de erro ou falha
Mensagens de erro humanas e acolhedoras fazem toda a diferença.

🧠 Você testará variações de design para entender qual emoção engaja mais
A/B com emoção é real. E pode dobrar sua taxa de conversão.

🧩 Você integrará emoção, função e conteúdo de forma harmônica
O design emocional não é detalhe — é a alma da sua experiência digital.


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5. O Papel do Design Emocional na Taxa de Conversão do Usuário

A conversão é a métrica final para muitos websites, e o design emocional tem um impacto direto e indireto significativo.

5.1. Construção de Confiança e Credibilidade

Emoções como segurança e confiança são essenciais para a conversão, especialmente em transações financeiras ou coleta de dados pessoais. Websites com design profissional, visualmente agradável e que demonstram transparência na linguagem (design visceral e reflexivo) são percebidos como mais confiáveis. Testemunhos, selos de segurança e uma comunicação clara sobre privacidade (em alinhamento com a Política de Privacidade e Termos de Uso) reforçam essa confiança.

5.2. Aumento do Engajamento e Tempo de Permanência

Um website emocionalmente envolvente prende a atenção do usuário. Quanto mais tempo o usuário passa na plataforma, mais exposto ele está aos produtos, serviços e mensagens da marca. Esse maior engajamento aumenta a probabilidade de exploração e, consequentemente, de conversão.

5.3. Redução da Taxa de Abandono (Bounce Rate)

Websites que geram frustração ou tédio rapidamente levam ao abandono. O design emocional, ao proporcionar uma experiência prazerosa e eficiente, reduz a taxa de rejeição, mantendo o usuário no funil de conversão.

5.4. Personalização e Relevância Emocional

Ao coletar dados de comportamento e preferências (com consentimento do usuário e em conformidade com a LGPD), o design emocional pode ser usado para personalizar a experiência, tornando-a mais relevante. Recomendações de produtos, ofertas segmentadas ou conteúdo direcionado que ressoa emocionalmente com o usuário aumentam a probabilidade de conversão. A relevância é, por si só, uma emoção positiva.

5.5. Apelos Emocionais em Call-to-Actions (CTAs)

A linguagem dos CTAs pode ser otimizada com apelos emocionais. Em vez de "Comprar Agora", um "Garanta sua Felicidade!" ou "Transforme seu Negócio!" pode ser mais persuasivo, evocando desejos e aspirações. O uso de cores e formatos para CTAs (design visceral) também influencia sua visibilidade e a urgência percebida.

5.6. Criação de Conexão com a Marca e Lealdade

O design emocional contribui para uma conexão mais profunda e duradoura com a marca. Usuários que se sentem emocionalmente conectados são mais propensos a se tornarem clientes fiéis, a recomendar o website e a realizar compras recorrentes – as métricas de conversão de longo prazo mais valiosas. Essa lealdade é construída no nível reflexivo.


6. Desafios e Considerações Metodológicas na Pesquisa de Design Emocional

Pesquisar o impacto do design emocional apresenta desafios intrínsecos à natureza subjetiva da emoção.

6.1. Medição da Emoção em Contextos Digitais

A emoção é complexa de medir. Métodos podem incluir:

  • Autorrelato: Questionários (ex: escala Likert para satisfação, frustração), diários de emoções, entrevistas.
  • Medidas Fisiológicas: Eletroencefalografia (EEG) para atividade cerebral, rastreamento ocular (eye-tracking) para atenção e foco, resposta galvânica da pele (GSR) para excitação emocional.
  • Análise Comportamental: Tempo de permanência, taxa de cliques, padrões de navegação, taxa de abandono de carrinho.
  • Análise de Sentimento: Utilização de ferramentas de PNL para analisar textos de feedback, comentários em redes sociais, etc.

6.2. Complexidade do Desenho Experimental

Diferenciar o impacto de elementos específicos de design emocional exige um controle rigoroso de variáveis. Testes A/B e multivariados são essenciais, mas o isolamento de uma emoção específica e sua causa-efeito podem ser desafiadores.

6.3. Variações Culturais e Individuais

As respostas emocionais a estímulos de design podem variar significativamente entre culturas e indivíduos. Um design que evoca alegria em uma cultura pode ser interpretado de forma diferente em outra. Isso exige segmentação e testes em diferentes públicos.

6.4. Considerações Éticas e de Privacidade

A coleta de dados emocionais e fisiológicos levanta questões éticas e de privacidade. A pesquisa deve ser conduzida com total transparência e consentimento informado dos participantes, em estrita conformidade com a LGPD e outras regulamentações de proteção de dados.

6.5. Proposta de Estudo Empírico (Exemplo)

Um estudo poderia envolver a criação de duas ou mais versões de um website (ou de uma seção específica, como uma página de produto ou checkout), variando elementos de design emocional (ex: uma versão com design mais "alegre" vs. uma mais "séria"). Os participantes seriam divididos em grupos e expostos a essas versões. Métricas de usabilidade (tempo de tarefa, erros), usabilidade percebida (questionários de satisfação, System Usability Scale - SUS) e métricas de conversão (taxa de clique em CTAs, taxa de conclusão de compra/cadastro) seriam coletadas. Além disso, poderiam ser usadas técnicas como eye-tracking para analisar padrões de atenção e entrevista pós-experiência para capturar feedback emocional qualitativo.


7. Conclusão: O Imperativo Emocional no Design de Websites

O design emocional deixou de ser um "luxo" ou um diferencial superficial para se tornar um imperativo estratégico no desenvolvimento de websites. A capacidade de evocar emoções positivas no usuário – seja surpresa, confiança, alegria ou sensação de eficiência – é um fator crucial que transcende a mera funcionalidade e impacta diretamente a usabilidade percebida e, por conseguinte, as taxas de conversão.

Ao adotar uma abordagem que considera os níveis visceral, comportamental e reflexivo da interação humana, os designers podem criar experiências digitais que não apenas funcionam bem, mas que também ressoam emocionalmente com o público. Essa ressonância se traduz em um ambiente digital mais agradável, intuitivo e confiável, que reduz a frustração, aumenta o engajamento e fortalece a lealdade à marca.

Para a Promove Fácil Ltda ME, como uma holding de marketing, a aplicação consciente dos princípios do design emocional em seus próprios websites e nas campanhas que desenvolve para seus clientes representa uma poderosa vantagem competitiva. É a chave para criar jornadas de usuário mais impactantes, que convertem visitantes em clientes fiéis e defensores da marca, em um mercado onde a atenção e a confiança são os ativos mais valiosos. O futuro do design de websites não é apenas sobre o que o usuário faz, mas sobre como ele se sente ao fazê-lo.


Referências (Exemplos de referências que seriam utilizadas)

  • BARSALOU, L. W. Grounded cognition. Annual Review of Psychology, v. 59, p. 617-645, 2008.
  • DAMASIO, A. R. Descartes' Error: Emotion, Reason, and the Human Brain. G. P. Putnam's Sons, 1994.
  • KAHNEMAN, D.; FREDERICKSON, B. L.; SCHREIBER, C. A.; REDELMEIER, D. A. When More Pain Is Preferred to Less: Adding a Better End. Psychological Science, v. 4, n. 6, p. 401-405, 1993.
  • NORMAN, D. A. Emotional Design: Why We Love (or Hate) Everyday Things. Basic Books, 2004.
  • PLUTCHIK, R. Theories of emotion: A comparative analysis. Academic Press, 1980. (Para aprofundar em teorias de emoção).
  • POHL, S. K.; STOLL, F. M. The Effects of Emotional Design on User Perception and Performance. In: International Conference on Human-Computer Interaction. Springer, Cham, p. 110-123, 2017. (Exemplo de estudo específico sobre o tema).
  • RUSSELL, J. A. A circumplex model of affect. Journal of Personality and Social Psychology, v. 39, n. 6, p. 1161, 1980. (Outra teoria de emoção).
  • SHNEIDERMAN, B. Designing the User Interface: Strategies for Effective Human-Computer Interaction. Addison-Wesley, 1998. (Para usabilidade clássica).
  • TUGTEKIN, U. The effect of emotional design on user satisfaction and loyalty. Master’s thesis, University of Twente, 2018. (Exemplo de tese relevante).
  • VAUGHAN, T. The Emotional Design of Websites. Apress, 2011. (Exemplo de livro prático sobre o tema).
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