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Fordismo

11 de abril de 2019

Fordismo

Sistema criado pelo visionário empresário norte-americano, o próprio Henry Ford, a intenção era criar o máximo de peças com o mínimo de custos. O sobrenome do empresário já lembra o produto que está em questão: carros da Ford. Inicialmente somente na cor preta e sem variações disponíveis, os clientes compravam o carro depois de ele ter passar por esteiras em que os funcionários da fábrica tinham cada um, sua função específica. Enquanto um apertava um parafuso, o outro conferia a tintura, sendo que os funcionários ficavam parados em uma mesma posição enquanto o carro iria passando por suas várias etapas de produção através de uma esteira rolante. Para os empresários, esse era um verdadeiro sonho, já que os produtos eram fabricados em grande escala e com rapidez incrível, por outro lado, os funcionários que já trabalhavam naquela fábrica há pouco tempo, se viam cansados e desgastados com o fato de que todos os dias, durante oito horas úteis, o mesmo movimento era feito. Alguns colaboradores desenvolveram problemas de saúde ligados ao fato de repetir o mesmo movimento por horas a fio, e outros começaram a desenvolver problemas ligados ao psicológico – o ser humano não é exatamente acostumado com passar todos os dias da semana durante várias horas fazendo exatamente a mesma coisa durante anos.

Esses fatores foram decisórios e fizeram com que o sistema de produção criado por Henry Ford não fosse tão longe, tendo sua decadência marcada por uma criação japonesa de produção fabril, que também visava ao lucro máximo sem pensar muito em como os funcionários se sentiriam com o processo. O método, batizado de Toyotismo, também levou à fábrica da Toyota lucros consideráveis, mas não por muito tempo.

Tempos Modernos

Um filme que retrata perfeitamente os acontecimentos da época em que o Fordismo estava sendo utilizado nas fábricas é a obra “Tempos Modernos”, estrelada por Charles Chaplin. O filme, ainda em preto e branco e sem som, ainda é assistido por universitários em seus inícios de cursos de administração, recursos humanos, marketing e várias outras especializações para que as pessoas possam ter uma noção de como era a visão do funcionário frente a esse método de produção visando somente ao lucro e à rapidez da produção fabril.

Em pleno século XXI, muitas empresas resolvem diariamente reinventar seus processos e considerar cada vez mais o maior bem de sua organização, e o único que poderá colaborar para que lucros sejam garantidos: os funcionários. Peter Drucker, autor de vários livros de administração e marketing, defende há muitos anos a importância de se manter um funcionário satisfeito com suas funções e com possibilidade de crescimento interno para desenvolvimento pessoal e profissional. A visão das empresas com certeza já mudou muito, mas em escalas muito menores, ainda existem organizações que insistem em trabalhar com uma característica forte do Fordismo: a repetição sem fim de tarefas. Isso pode ser feito por um funcionário que é craque em determinada função, mas por que não perguntar para ele se é isso o que ele quer fazer pelas próximas oito horas?